segunda-feira, 1 de julho de 2013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
sexta-feira, 14 de junho de 2013
quinta-feira, 6 de junho de 2013
A HISTÓRIA DA CAPOEIRA NO CEARÁ NAS DÉCADAS
DE 1980 E 1990 ATRAVÉS DA MEMÓRIA E ORALIDADE
José Olímpio Ferreira Neto (Direito - UNIFOR)
jolimpioneto@hotmail.com
História, Memória e Oralidade
Resumo
Os capoeiristas cearenses se destacam no cenário mundial da Capoeira, mas muito de sua
gênese, em Terras Alencarinas, está obscura. Essa manifestação cultural é bastante pesquisada
em alguns estados brasileiros e em alguns países, porém no estado do Ceará não há uma
produção bibliográfica suficiente para a construção de um corpusdocumental substancial.
Essa expressão da cultura popular se constitui em um processo cultural em que prevalece a
transmissão oral de saberes. A presente pesquisa revisita as memórias, vivências cotidianas e
os saberes dos Mestres de capoeira cearenses no intuito de detectar algumas de suas
contribuições entre as décadas de 1980 e 1990. Esse estudo terá como corpusmetodológico
duas fontes principais. A primeira, bibliográfica, fundamentada em Campos (2001), Ferreira
Neto (2011), Rego (1968), Silva (2010), Soares (2002) e Vieira (1998). A segunda é um
estudo de natureza qualitativa, do tipo etnográfico, amparada em Mendes (2010), e com o
emprego da técnica da História Oral, fundamentada, sobretudo, em Montenegro (2010).
Segundo Queiroz (2011), na década de 1980, só havia dois grupos de capoeira em Fortaleza, a
saber, Senzala e Zumbi. Neste apareciam nomes como Espirro Mirim, Geléia, Jean, Soldado,
Lula, Ulisses e naquele, figuras como Paulão, Canário, Dingo, Gamela, Araminho, Gurgel. Os
quase vinte anos de imersão pessoal nesse universo, possibilitam apontar os mestres Paulão
do Ceará e Espirro Mirim como dois nomes de grande referência no Ceará, no Brasil e no
exterior, os mesmos figuram nessa pesquisa como sujeitos. O texto final constitui-se em um
diálogo entre as informações obtidas nas referências bibliográficas consultadas e o corpus
documental produzido por meio da história oral da vida dos mestres entrevistados. Seu saber
oferece a manutenção viva da memória do conjunto de conhecimentos não formais, não
institucionalizados e que compõem e mantém viva a consciência coletiva ritualística e
ancestral dessa prática cultural, remetendo ao entendimento de Le Goff (2003) que
constantemente defende a pesquisa da memória do homem comum, das recordações e
histórias locais. Concluiu-se, ao final do trabalho, que este é só um de muitos passos que
precisam ser dados para que se registre a História da Capoeira do Ceará e suas contribuições.
Palavras-chave:História da Capoeira. Capoeira Cearense. Cultura Oral.
Introdução
Sabe-se que a Capoeira é uma cultura popular nascida com os filhos de escravos
africanos em Terras Brasilis. Essa manifestação afro-brasileira é ferramenta educacional no
Brasil e em diversos países. Os capoeiristas cearenses se destacam no cenário mundial da
Capoeira, mas muito de sua gênese, em Terras Alencarinas, está obscura. Sabe-se que essa
manifestação cultural tem origem incerta, seus primeiros registros acontecem em vários
pontos do Brasil, sobretudo, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Mas recentemente tem-se
apontado para a possibilidade de outros estados estarem envolvidos em sua gênese, ainda não
é o caso do Ceará, não há registros nesse sentido, apenas meras conjecturas.
Essa manifestação cultural é bastante pesquisada em alguns estados brasileiros e em
alguns países, porém no estado do Ceará não há uma produção bibliográfica suficiente para a
construção de um corpusdocumental substancial. Essa expressão da cultura popular se
constitui em um processo cultural em que prevalece a transmissão oral de saberes. A presente
pesquisa se propõe a revisitar as memórias, vivências cotidianas e os saberes dos Mestres de
capoeira cearenses no intuito de detectar algumas de suas contribuições entre as décadas de
1980 e 1990.
Esse estudo terá como corpusmetodológico duas fontes principais. A primeira,
bibliográfica, fundamentada em Campos (2001), Ferreira Neto (2011), Rego (1968), Silva
(2010), Soares (2002) e Vieira (1998), todos são pesquisadores dessa cultura em diversos
ramos dos saberes. A segunda é um estudo de natureza qualitativa, do tipo etnográfico,
amparada em Mendes (2010), e com o emprego da técnica da História Oral, fundamentada,
sobretudo, em Montenegro (2010).
Segundo Queiroz (2011), na década de 1980, só havia dois grupos de capoeira em
Fortaleza, a saber, Senzala e Zumbi. Neste apareciam nomes como Espirro Mirim, Geléia,
Jean, Soldado, Lula, Ulisses e naquele, figuras como Paulão, Canário, Dingo, Gamela,
Araminho, Gurgel. Os quase vinte anos de imersão pessoal nesse universo, possibilitam
apontar os mestres Paulão do Ceará e Espirro Mirim como dois nomes de grande referência
no Ceará, no Brasil e no exterior, os mesmos figuram nessa pesquisa como sujeitos. Como
ambos estão no exterior, buscar-se-á em seus discípulos e camaradas os depoimentos que
descrevem o trajeto deles na colaboração da construção de uma Capoeira vendida no Brasil e
exterior. Esses depoimentos serão reforçados com a impressão pessoal com participação
intensa na década de 1990 dos Grupos Capoeira Brasil e Cordão de Ouro respectivamente
comandado pelos mestres supracitados.
COMUNICADO IMPORTANTE
COMUNICADO IMPORTANTE
NÃO DEIXE DE VISUALIZAR O BLOG CAPOEIRA ARTE BRASIL (CAPOEIRAARTEBR.BLOGSPOT.COM.BR)
sábado, 1 de junho de 2013
quinta-feira, 23 de maio de 2013
quarta-feira, 22 de maio de 2013
terça-feira, 21 de maio de 2013
MESTRE BIMBA
1.
Introdução
Manoel
dos Reis Machado (1900-1974), Mestre fundador da capoeira regional. Destacou-se
pelos serviços comunitários e sociais que executou, principalmente com crianças
e adolescentes. Instituiu o núcleo de documentação, com mais de 5000 títulos
sobre capoeira e assuntos relacionados.
Bimba é
“O grande rei negro do misterioso rito africano, símbolo de resistência
afro-descendente no Brasil.”
2.
Herança de Mestre Bimba
“Mestre Bimba – Manoel dos Reis Machado – nasceu em Salvador em 23 de novembro de 1900, no bairro de Engenho Velho de Brotas, em Salvador, Bahia e recebeu o seu apelido devido a uma aposta feita entre a parteira e a sua mãe: a mãe dizia que seria uma menina e a parteira, convicta pelo seu conhecimento, dizia ser macho. Na hora do nascimento, surgiu a expressão: “GANHEI A APOSTA O CABRA TEM BIMBA E CACHO”! O apelido já nasceu com ele. Foi iniciado na capoeira aos doze anos de idade por um africano – Bentinho -, capitão da Cia. Baiana de Navegação, no que é hoje o bairro da Liberdade.
Sodré
(1991, apud Campos 2001) refere-se ao Mestre dizendo: “foi uma das ultimas
grandes figuras do que se poderia chamar de ciclo heróico dos negros da Bahia”.
Segundo Capoeira (2006, p.50) Bimba era um lutador renomado e temido. Ganhou o
apelido de “Três Pancadas” porque, segundo se dizia, era o Maximo que seus
adversários agüentavam.
Bimba
ainda praticante de capoeira começou a ensinar em 1918, sendo seus alunos negros
e mulatos das classes populares. Mas apesar da pouca idade (18 anos), possuía
alunos também de classes privilegiada, como o Desembargador Décio dos Santos
SEABRA, da família do ex-governador SEABRA ; Dr. Joaquim de Araújo Lima ,
jornalista (Imparcial e Nova Era) e mais tarde governador de Guaporé. Para estes
e outros, as aulas eram particulares nos quintais e varandas de suas
casas.
Mestre
Bimba era um dos capoeiristas mais conceituados de sua época, pois, era muito
carismático, excelente lutador e temido por alguns, pois em inúmeros desafios e
combates públicos, havia sido derrotado. Mesmo sendo um “cantador” e
percussionista admirável, era discriminado por grande parte dos artistas e
intelectuais de Salvador (por ter criado a Capoeira Regional), porém era muito
venerado por seus alunos.
Aos 29
anos de idade, o próprio Mestre Bimba contava: “Em 1928, eu criei, completa, a
Regional, que é o batuque misturado com a Angola, com mais golpes, uma
verdadeira luta, boa para o físico e para a mente”. Assim nasceu a Capoeira
Regional Baiana.
Na
década de 1930, Getúlio Vargas tomou o poder e, procurando apoio popular para a
sua política, que incluía a “retórica do corpo”, permitiu a prática (vigiada) da
capoeira: somente em recintos fechados e com alvará da polícia. Mestre Bimba
aproveitou a brecha e abriu à primeira “academia”, dando inicio a um novo
período – o das academias – após o período de escravidão e de marginalidade
(Capoeira 2006, p.51) Recebeu do inspetor técnico de
Ensino Secundário profissional, o titulo de registro "que lhe requereu o Sr.
Manoel dos Reis Machado, diretor do curso de Educação Física, sito à Rua
Bananal, quatro.
Bimba ao
decorrer dos anos e de sua experiência foi moldando a capoeira de ataque e
defesa usada por desordeiros e pessoas de classes mais humildes, numa luta com
método de ensino próprio, tornando-a um verdadeiro curso de Educação Física e
criando rituais como: Batizado, Formatura e Especialização, seguindo padrões
sociais e acadêmicos, pela própria nomenclatura.
Nos anos
seguintes, Bimba teve grande sucesso. Em 1949, foi a
São Paulo com seus alunos e realizou uma série de lutas com lutadores de outras
modalidades. Em 1953, fez uma apresentação para Getúlio Vargas e recebeu o
abraço do presidente, que afirmou que “a capoeira é o único esporte
verdadeiramente nacional”.
Antes de
ir para Goiânia, Bimba formou sua última turma, uma formatura muito comentada
chamada 'formatura do adeus', depois deste evento ele deixou a Bahia dizendo
'Não voltarei, mas aqui, nunca fui lembrado pelos poderes públicos; se não gozar
nada em Goiânia, vou gozar do cemitério. ' Depois que ele se foi veio a Salvador
apenas duas vezes e dizendo que estava tudo bem, mas dona Nair nos disse 'ele
foi enganado. Não volta porque é orgulhoso'. Em 05 de fevereiro de 1974 um ano
depois que deixou a Bahia, morria o mestre Bimba e foi enterrado em Goiânia.
Transladar os restos mortais de Goiânia para Salvador foi difícil, os seus
alunos achavam que o lugar dele era Bahia "ídolo não se pertence, pertence ao
seu Público”
Bimba
obteve grande luta contra as autoridades, porém não uma luta de carne ou sangue,
mas de dignidade e respeito à capoeira e aos capoeiristas, sendo assim nos
deixou de herança:
-
A sobrevivência da Capoeira;
-
A liberdade da Capoeira;
-
A profissionalização da Capoeira;
-
A metodologia da Capoeira;
-
O respeito da sociedade pela a capoeira;
-
Além disso, Mestre Bimba também conseguiu que ficasse evidente, através de sua própria vida, o desrespeito e o descaso das autoridades pela nossa cultura.
3.
Conclusão
Somos
gratos ao nosso maior capoeirista, Mestre Bimba, por nos deixar de herança a
capoeira como dança, luta, esporte, manifestação folclórica, estilo de vida,
etc. Ressaltando que: Bimba jamais, em seus 56 anos de aula, feriu um aluno.
Bimba deixava claro que não devia haver luta ao som do berimbau. Seria um
desrespeito aos princípios e a Regional tem como um de seus pilares o respeito à
integridade física e moral dos companheiros.
Lembrando que: Mestre Bimba desafiou todos os capoeiristas e lutadores baianos
da sua época e que ele venceu todas as lutas e só foi desclassificado em uma,
por ter dado um galopante em seu oponente e colocado assim o adversário para
fora do ringue. Mas o principal de tudo isso que deve ser ressaltado é que nunca
o Mestre Bimba lutou ao som do berimbau. Luta era coisa para o ringue, afirmava
ele.
O
presente estudo teve por objetivo apresentar um pouco da história de Mestre
Bimba, que podemos considerá-lo um marco histórico na história da cultura
brasileira, um divisor de águas, pois só depois dele foi dado o nome de Capoeira
Angola e foi iniciado um movimento geral de resgate e preservação da cultura
afro-brasileira em todos os seus âmbitos.
Cabem a
nós capoeiristas, amantes da capoeira, mestres e professores divulgar,
apresentar e lutar contra os preconceitos ainda existentes, para que possamos
garantir as gerações futuras a oportunidade e o direito de ter a história
preservada.
LENDA DE BESOURO
LENDAS DA CAPOEIRA – O Besouro
Manuel Henrique Pereira (1895-1924)
“Besouro Mangangá era homem de corpo fechado
Bala não matava, navalha não lhe feria...” (M. Fanho)
Diz a lenda que Besouro Mangangá, o Cordão de Ouro, tinha o corpo fechado e sabia voar. Tinha fama de valente e protetor dos mais fracos, foi exímio capoeirista e ganhou fama enfrentando batalhões, aqueles que o conheceram diziam que era um negro forte e bem apessoado conhecido em toda a região de Santo Amaro, Bahia, onde nasceu.
Sua morte é envolta por mistério, mas há testemunhas vivas (entre elas Dona Cano, mãe de Bethânia e Caetano Veloso) que afirmam terem visto Besouro ser levado esfaqueado ao hospital local.
A mais famosa versão da morte do Cordão de Ouro diz que Dr. Zeca, um fazendeiro para o qual Besouro trabalhava, inconformado por seu filho Memeu ter apanhado do capoeirista ao tentar negar-lhe o pagamento, mandou que o funcionário fosse até a fazenda Maracangalha entregar um bilhete.
Besouro era analfabeto e não pode ver que a mensagem entregue mandava que matassem o portador, e assim, quando voltou, no dia seguinte, foi surpreendido por 40 homens com os quais lutou. Porém, Eusébio de Quibaca sabendo do corpo fechado do rival desferiu-lhe pelas costas uma facada de Tucum. Assim, pela traição o corpo de Besouro foi aberto e este faleceu em 08 de julho de 1924.
Seja como for, o lendário Capoeira é cantado por toda parte e sempre será lembrado por sua valentia. Foi tema do livro “Feijoada no Paraíso: a saga de Besouro Mangangá” de Marco Carvalho e de diversas músicas de Capoeira.
Desde setembro de 2008 os capoeiristas aguardam ansiosos pela estréia do longametragem de João Daniel Tikhomiroff – Besouro, o filme, que promete fazer desta lenda uma história ainda mais fantástica.
“Besouro Mangangá era homem de corpo fechado
Bala não matava, navalha não lhe feria...” (M. Fanho)
Diz a lenda que Besouro Mangangá, o Cordão de Ouro, tinha o corpo fechado e sabia voar. Tinha fama de valente e protetor dos mais fracos, foi exímio capoeirista e ganhou fama enfrentando batalhões, aqueles que o conheceram diziam que era um negro forte e bem apessoado conhecido em toda a região de Santo Amaro, Bahia, onde nasceu.
Sua morte é envolta por mistério, mas há testemunhas vivas (entre elas Dona Cano, mãe de Bethânia e Caetano Veloso) que afirmam terem visto Besouro ser levado esfaqueado ao hospital local.
A mais famosa versão da morte do Cordão de Ouro diz que Dr. Zeca, um fazendeiro para o qual Besouro trabalhava, inconformado por seu filho Memeu ter apanhado do capoeirista ao tentar negar-lhe o pagamento, mandou que o funcionário fosse até a fazenda Maracangalha entregar um bilhete.
Besouro era analfabeto e não pode ver que a mensagem entregue mandava que matassem o portador, e assim, quando voltou, no dia seguinte, foi surpreendido por 40 homens com os quais lutou. Porém, Eusébio de Quibaca sabendo do corpo fechado do rival desferiu-lhe pelas costas uma facada de Tucum. Assim, pela traição o corpo de Besouro foi aberto e este faleceu em 08 de julho de 1924.
Seja como for, o lendário Capoeira é cantado por toda parte e sempre será lembrado por sua valentia. Foi tema do livro “Feijoada no Paraíso: a saga de Besouro Mangangá” de Marco Carvalho e de diversas músicas de Capoeira.
Desde setembro de 2008 os capoeiristas aguardam ansiosos pela estréia do longametragem de João Daniel Tikhomiroff – Besouro, o filme, que promete fazer desta lenda uma história ainda mais fantástica.
SASI PERERE (MESTRE BARRÃO)
Fui na mata cortar lenha
Fui na mata cortar lenha
Que a vovó mandou pegar
Ao chegar na entrada da mata vi um moleque a me olhar
oi de toca vermelha na cabeça, cachimbo na boca ele estava por la
Fiquei adimirado cheguei mais perto para ver
Foi ai que eu lembrei da hitória sobre o lendario saci pererê
Hitória que contava benedita minha vó
Sobre o saci pererê que pulava em uma perna só
Mais se não acredita vem cá venha ver
O muleque saci perere
O muleque saci, é o saci pererê
é o moleque saci perere
perere perere perere perere
Fui na mata cortar lenha
Que a vovó mandou pegar
Ao chegar na entrada da mata vi um moleque a me olhar
oi de toca vermelha na cabeça, cachimbo na boca ele estava por la
Fiquei adimirado cheguei mais perto para ver
Foi ai que eu lembrei da hitória sobre o lendario saci pererê
Hitória que contava benedita minha vó
Sobre o saci pererê que pulava em uma perna só
Mais se não acredita vem cá venha ver
O muleque saci perere
O muleque saci, é o saci pererê
é o moleque saci perere
perere perere perere perere
Fui na mata cortar lenha
Fui na mata cortar lenha
Que a vovó mandou pegar
Ao chegar na entrada da mata vi um moleque a me olhar
oi de toca vermelha na cabeça, cachimbo na boca ele estava por la
Fiquei adimirado cheguei mais perto para ver
Foi ai que eu lembrei da hitória sobre o lendario saci pererê
Hitória que contava benedita minha vó
Sobre o saci pererê que pulava em uma perna só
Mais se não acredita vem cá venha ver
O muleque saci perere
O muleque saci, é o saci pererê
é o moleque saci perere
perere perere perere perere
Fui na mata cortar lenha
Que a vovó mandou pegar
Ao chegar na entrada da mata vi um moleque a me olhar
oi de toca vermelha na cabeça, cachimbo na boca ele estava por la
Fiquei adimirado cheguei mais perto para ver
Foi ai que eu lembrei da hitória sobre o lendario saci pererê
Hitória que contava benedita minha vó
Sobre o saci pererê que pulava em uma perna só
Mais se não acredita vem cá venha ver
O muleque saci perere
O muleque saci, é o saci pererê
é o moleque saci perere
perere perere perere perere
letra da musica mundo enganador(mestre barrão)
Oi vivemos aqui nessa terra
Lutando pra sobreviver
O Lugar onde poucos têm muito
E muito sem ter o que comer
Olhando isso eu fico triste
Me pergunto qual é a solução?
Estou feliz por ter a capoeira
Como forma de expressão
Capoeira é uma arte
E arte é obra de Deus
Nesta terra eu não tenho muito (refrão)
Mas tudo que eu tenho foi Deus que me deu (refrão)
Eu tenho um canarinho cantador
Berimbau afinado e um cavalo chotão
E um carinho da morena faceira que me deu
Seu amor e o menino chorão
Ah! Meu Deus quando eu partir
Desse mundo enganador
Pra meu filho eu deixarei
Uma coisa de valor, é é é .
Não é dinheiro, não é ouro, não é prata.
É um berimbau maneiro que eu ganhei do meu avô. (refrão)
Ô, ô, ô, Meu berimbau que toca Iúna e benguela
Toca paz, e toca guerra e toca até chula de amor.
Não é dinheiro, não é ouro, não é prata.
É um berimbau maneiro que eu ganhei do meu avô.
Ah! Meu Deus quando eu partir
Desse mundo enganador
Pra meu filho eu deixarei
Uma coisa de valor, é é é .
Não é dinheiro, não é ouro, não é prata.
É um berimbau maneiro que eu ganhei do meu avô. (refrão)
Ô, ô, ô, Meu berimbau que toca Iúna e benguela
Toca paz, e toca guerra e toca até chula de amor.
Não é dinheiro, não é ouro, não é prata.
É um berimbau maneiro que eu ganhei do meu avô. (refrão)
Lutando pra sobreviver
O Lugar onde poucos têm muito
E muito sem ter o que comer
Olhando isso eu fico triste
Me pergunto qual é a solução?
Estou feliz por ter a capoeira
Como forma de expressão
Capoeira é uma arte
E arte é obra de Deus
Nesta terra eu não tenho muito (refrão)
Mas tudo que eu tenho foi Deus que me deu (refrão)
Eu tenho um canarinho cantador
Berimbau afinado e um cavalo chotão
E um carinho da morena faceira que me deu
Seu amor e o menino chorão
Ah! Meu Deus quando eu partir
Desse mundo enganador
Pra meu filho eu deixarei
Uma coisa de valor, é é é .
Não é dinheiro, não é ouro, não é prata.
É um berimbau maneiro que eu ganhei do meu avô. (refrão)
Ô, ô, ô, Meu berimbau que toca Iúna e benguela
Toca paz, e toca guerra e toca até chula de amor.
Não é dinheiro, não é ouro, não é prata.
É um berimbau maneiro que eu ganhei do meu avô.
Ah! Meu Deus quando eu partir
Desse mundo enganador
Pra meu filho eu deixarei
Uma coisa de valor, é é é .
Não é dinheiro, não é ouro, não é prata.
É um berimbau maneiro que eu ganhei do meu avô. (refrão)
Ô, ô, ô, Meu berimbau que toca Iúna e benguela
Toca paz, e toca guerra e toca até chula de amor.
Não é dinheiro, não é ouro, não é prata.
É um berimbau maneiro que eu ganhei do meu avô. (refrão)
segunda-feira, 20 de maio de 2013
domingo, 19 de maio de 2013
Texto escrito por mestre cobra mança
A Capoeira, como Mestre Pastinha disse, é tudo que a boca come. E como o ar, sabemos que está lá, respiramos e precisamos dele; contudo, não podemos capturá-lo. A Capoeira não pode ser limitada a um grupo de praticantes, por uma organização formal e muito menos por um grupo de Mestres que clamam o monópolio sobre ela. A Capoeira vai além de todos nós. Nenhuma sociedade, comunidade, ou indivíduo jamais irá controla-la.Então, se praticamos a capoeira para nos afastarmos daquilo que ha de tradicional e repressivo dentro da sociedade e que desaprovamos tão fortemente, porque quereriamos institucionalizá-la? Nos parece um tanto contraditorio, já que institucionalização significa seguir profundamente todos os protocolos e leis detalhadas da sociedade para que nos enquadremos nos esquemas administrativos e corporativos com alguma prática e sentido reais: independência fiscal, oportunidades de doações, coesão administrativa e grupal, etc. Grupos diferentes de Capoeira, dentro da história e mais ainda nesta últimas décadas, tentaram criar uma instituição ou organização paralela somente para a Capoeira, e se tornaram tão restritas e repressivas como a instituição original da qual eles haviam tentado se afastar. Em todas as partes do mundo nós vemos a corrupção e escândalos que instituições e indivíduos fazem. O sistema controla vários setores da sociedade com um número pequeno de pessoas tendo o monopólio absoluto sobre estes. Se olharmos para o Brasil como exemplo, vemos o carnaval e outras manifestações criadas pelo povo que foram institucionalizadas. O povo que originalmente os criou foram os que mais perderam com isso. Antes de pensarmos em institucionalização da Capoeira, nós temos que perguntar porque querem nos organizar?? Porque quereriamos uma instituição para controlar o nosso estilo de vida? Quem vai ganhar com isso? A Capoeira? O capoeirista? Os burocratas? Será que estas instituições são realmente necessárias? Quem as controlara? Porque elas tem que ser tão repressivas, elitistas e ditatoriais? Podemos confiar nestas instituições e nos seus líderes moralmente, financeiramente, fisicamente e espiritualmente? O que é que nós queremos? Nós queremos a institucionalização da Capoeira, ou uma comunidade de Capoeira que trabalhe com "o sistema" para obter honestamente o que precisamos sem nos inclinarmos para o que este sistema tem a nos oferecer? Embora estejamos abertos para crescermos no espírito e conhecimento da Capoeira, queremos evitar a imposição de valores de um grupo de pessoas e burocratas que já tenham criado as suas próprias escalas de valores. Queremos uma comunidade que celebre e encoraje a individualidade e a cooperação entre seus membros; uma comunidade mundial de capoeira que respeite diferentes valores, crenças, pontos de vista, práticas, etc; em resumo, o que queremos e uma comunidade que respeite as nossas diferentes estórias e histórias, as nossas vidas diferentes e o nosso crescimento em direções variadas para o seu próprio fortalecimento. Pois, e isto o que nós todos teremos para oferecer através do entedimento e do amor sob a prática e o espírito da Capoeira.
Mestre Cobra Mansa
Nos tempos em que a vida na terra era plena, ninguém dava atenção aos homens notáveis, nem distiguiam o homem de habilidades... os governantes eram apenas os ramos mais altos das árvores e o povo como os cervos na floresta... eram honestos e justos sem se darem conta de que estavam "cumprindo o seu dever"... amavam-se uns aos outros, mas não sabiam o significado de "amar o próximo"... a ninguém iludiam, mas nenhum deles se julgavam "um homem de confiança"... eram fidedignos, mas desconheciam que isso fosse boa fé... viviam juntos em liberdade dando e recebendo, mas não sabiam que eram generosos... por esses motivos seus feitos não foram narrados... eles não deixaram história!
"Nunca discuta com um idiota. Ele leva a discussão até o nível dele e depois ganha pela experiência."
A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura arte-marcial, esporte, cultura popular e música.
Desenvolvida no Brasil principalmente por descendentes de escravos africanos , é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando primariamente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas, cotoveladas, acrobacias em solo ou aéreas.[carece de fontes]
Uma característica que distingue a capoeira da maioria das outras artes marciais é a sua musicalidade. Praticantes desta arte marcial brasileira aprendem não apenas a lutar e a jogar, mas também a tocar os instrumentos típicos e a cantar. Um capoeirista experiente que ignora a musicalidade é considerado incompleto.[carece de fontes]
A palavra capoeira significa "o que foi mata", através da junção dos termos ka'a ("mata") e pûer ("que foi")1 . Refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil onde era praticada agricultura indígena. Acredita-se que a capoeira tenha obtido o nome a partir destas áreas que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata. Capoeiristas fugitivos da escravidão e desconhecedores do ambiente ao seu redor, frequentemente usavam a vegetação rasteira para se esconderem da perseguição dos capitães-do-mato.
Outras expressões culturais, como o maculelê e o samba de roda, são muito associadas à capoeira, embora tenham origem e significados diferentes.
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